terça-feira, 25 de dezembro de 2007
domingo, 23 de dezembro de 2007
Os meus filmes do ano - VI
LITTLE MISS SUNSHINE (Jonathan Dayton, Valerie Faris, Michael Arndt)
Comédia hilariante que conta tão só a aventura de uma família cheia de elementos peculiares a percorrer os States para levar a personagem cinematográfica mais "fofa" dos últimos anos a um concurso de beleza. Cinco estrelas.
sábado, 22 de dezembro de 2007
Sou História

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Sobre a mania de querermos ser imprescindíveis
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Morte à ortodontia
AARRGGHH!!
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Barcelos é grandji

terça-feira, 18 de dezembro de 2007
A propos
O raça da canalha
Estas crianças e adolescentes pós-modernos estão a dar-me cabo dos nervos. São putos que se riem de quem acredita no Pai Natal ou se senta em frente a um ecrã para ver a Branca de Neve. Recusam-se a ter um sonho mais alto do que chegar ao horário vespertino da televisão como actores e ter sucesso, ou então seguirem o curso de Direito porque é o único "interessante" mas saber de antemão que vão morrer de fome. É isto o que vejo, é esta a nova geração. Gente pouco interessada em aprender, mas em tirar boas notas. Pouco disposta a ler, mas sempre pronta a sacar resumos da net. Gente que troça de quem sonha e imagina, gente que só vê números, objectividade, música, roupa, iPods e PSPs. Autómatos, seres todos iguais, reproduzidos nas escolas até à exaustão.
Sinto-me o típico cota que augura sempre o pior futuro para as gerações vindouras, mas esta é a realidade com que lido. Pode ser que aprenda a ser mais tolerante, mas como? Tenho alunos de 12 anos que veneram o filme High School Musical (ver vídeo acima) e os Tokio Hotel. OK. Perfeitamente normal para a idade. No entanto, o único comentário que produzem ao filme "Nightmare before Christmas" é um indiferente e superior: "Professor, se nos quer dar desenhos animados, ao menos que não sejam de plasticina..."
Haja tolerância para isto!
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Os meus filmes do ano - V
“New York is where everyone comes to be forgiven”
Porque é que SHORTBUS não é um filme pornográfico?
Entendo a pornografia como um escape. Uma não realidade que se disfarça dela, e por isso é tão abertamente condenada quanto apreciada. A pornografia serve como estimulante sexual, como objecto de voyeurismo, como entretenimento. Não tenciona fazer pensar, mas também não nos incomoda, porque sabemos, ao vê-la, que não tem nada a ver connosco. Que é uma encenação, na maior parte das vezes sem sentido, sem verosimilhança, sem grandes preocupações técnicas. Em suma, a pornografia é perfeitamente desmerecedora da importância que lhe damos, como elemento nefasto das sociedades, como signo da exploração do corpo feminino, etc. É uma mera fantasia desprovida de realismo, e, por isso, tão apelativa quanto irrelevante.
Dizer que SHORTBUS é um filme pornográfico é reduzir o filme às cenas sexuais que nele são apresentadas, de facto, sem qualquer tipo de censura. É destacar o nosso preconceito e a nossa formatação anti-pornografia para a fila da frente da nossa capacidade crítica, fazendo aquilo que a própria pornografia nos ensinou a fazer: a sentir que devemos rejeitar qualquer cena estritamente sexual do nosso dia-a-dia racional, e mantê-las fechadas a sete chaves nesse submundo a que todos inevitavelmente pertencemos, mas ao qual não podemos admitir (gostar de) pertencer.
Este filme, realizado pelo jovem John Cameron Mitchell, é, para mim, um paradigma daquilo em que o cinema acabará por se tornar – um espelho cada vez mais fiel daquilo que somos. Não sou adivinho, nem percebo de cinema como para fazer uma afirmação deste género, mas aquilo que SHORTBUS me provou é que é possível transpor para o cinema o sexo real, aquele que praticamos no dia-a-dia, aquele que é de facto inato ao ser humano... aquele que a pornografia não apresenta. SHORTBUS mostra o sexo como metáfora, como uma expressão daquilo que de facto nos move, dos sentimentos, das relações afectivas, dos problemas guardados no secretismo da consciência solitária que existe em todos nós. O sexo ligado às emoções, às acções e às reacções quotidianas e, por isso, parte natural da vida humana, o sexo como manifestação física das nossas frustrações, felicidades, dúvidas, medos, tranquilidades. E uso o plural de forma propositada, porque em SHORTBUS a chave é precisamente o carácter plural na abordagem das personagens. Ou seja, não há uma centralização numa personagem apenas, mas sim num conjunto de pessoas que descobrem um caminho a seguir na tentativa de solucionar o problema que têm. E cada um tem um problema diferente, como cada um de nós.
SHORTBUS ousa olhar-nos de frente, expondo vidas de pessoas a partir das situações mais íntimas, mais privadas, mais escondidas, mais individuais em que temos o direito de nos encontrar. No início do filme, o mais perturbador é o grafismo nu e cru das cenas sexuais. No fim, a sensação incómoda advém do facto de nos vermos retratados num ecrã de cinema, despidos em frente a ele, na intimidade que até agora não permitíamos ao cinema roubar-nos. Uma intimidade verdadeira, em que a pornografia não se atreve a entrar. Uma intimidade verosímil, possível, sem as conversas trabalhadas, pseudo-realistas ou românticas de que qualquer filme acaba sempre por ser feito.
Este panorama, adornado pelo toque humorístico, pela incrível cumplicidade do elenco e pela banda sonora (verdadeiramente original) fazem deste filme, como alguém já disse, um “ovni” na sétima arte estreada em 2007. E não tenho dúvidas de que é um risco e um arrojo propor o visionamento de SHORTBUS a toda a gente. Eu próprio fui forçado a rever a minha tolerância e o meu espírito crítico por causa deste filme. Mas atrevo-me, e escrevo a célebre expressão: aconselho vivamente.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Diz que é uma espécie de queixa

domingo, 9 de dezembro de 2007
sábado, 8 de dezembro de 2007
Os meus filmes do ano - IV
EL LABERINTO DEL FAUNO
Guillermo del Toro assina uma das produções mais fascinantes dos últimos anos. Fascinante porque mostra aquilo a que vulgarmente chamamos de imaginação, como se de uma antiga tradição (ou mesmo um mito!) se tratasse, como uma realidade objectiva ao alcance de todos nós. Irónico? Contraditório? Talvez. Mas não será a imaginação uma ironia? Se não, porque é que somos chamados a viver, e, ao mesmo tempo, a necessitar de viver outros mundos dentro das nossas cabeças?
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Os meus filmes do ano - III
Cara Gabriela Mistral, "As vidas dos Outros" mereceria sem dúvida ser o filme número um... se o tivesse visto pela primeira vez este ano. Vi o filme ainda em Leipzig, em Março de 2006 (se não estou em erro), e só por isso é que não o incluí aqui. Muito a propósito, o terceiro filme desta rubrica é também alemão, e é protagonizado também por Ulrich Mühe, actor que dá vida a Gerd Wiesler (agente que vigia a dupla amorosa em "A Vida dos Outros"). Para choque de todos, o actor faleceu este Verão na Alemanha, vítima de um cancro no estômago.
Em "Mein Führer" veste a pele de um judeu a quem Hitler pede ajuda para o recuperar da depressão em que se encontra por ver o país a ser devastado, e ao qual incumbe a tarefa de escrever o famoso discurso de Janeiro de 1945, em que Hitler surgiu proclamando a força inquestionável do Reich, apesar de o país estar praticamente vencido.
A comédia suscitou alguma polémica na Alemanha, como já se esperava. A experiência de ver este filme numa sala de cinema em Leipzig (em Fevereiro deste ano) foi extremamente oportuna. Na própria sessão a que eu fui, assisti a pessoas a morrerem de riso, outras a protestarem, e outras simplesmente pasmando, com certeza questionando: "Já é suposto eu rir-me disto? Ou ainda é muito cedo?"
"Mein Führer - A mais verdadeira das verdades sobre Adolf Hitler" é uma provocação imperdível, e que espero ainda poder ver estrear nas nossas salas.
Peço desculpa pelo trailer sem legendas, mas foi o único que encontrei.
Coisas que um professor deve saber
Álvaro de Campos in Aviso por causa da moral, Fernando Pessoa
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Presunção
Será que todas aquelas pessoas aos saltos e de mãos no ar têm noção de que as palavras alemãs que tentam trautear nesta música exprimem um dos poemas mais belos e comovedores que os Rammstein já escreveram?
Chamem-me louco, mas arrepio-me de cada vez que ouço isto.
Ver tradução para inglês (que não me satisfaz absolutamente nada, mas é a mais fiável,ainda assim) aqui:
http://herzeleid.com/en/lyrics/reise_reise/morgenstern
Os meus filmes do ano - II
SOPHIE SCHOLL - os últimos dias
O filme é de 2005, apesar de o ter visto pela primeira vez este ano. Sophie Scholl é uma das heroinas alemãs do século XX, tendo pertencido ao movimento "Rosa branca" ("Weisse Rose"), formado em 1942, que se insurgiu contra o regime do Terceiro Reich. A minha homenagem dirige-se mais especificamente à própria Sophie Scholl do que ao filme que retrata os seus últimos dias, em que ela e o irmão são capturados quando tentam lançar folhetos anti-nazis na Universidade de Munique, acabando por ser condenados à morte.
A força incrível da jovem, tão bem revivida por Julia Jentsch, é simplemente impressionante. Grande parte do filme centra-se nos interrogatórios feitos a Sophie por funcionários nazis, e são baseados em transcrições dos interrogatórios originais. A resistência mostrada por Sophie é extenuante, e deixa-nos em pulgas por um final vitorioso, que de antemão sabemos não ter existido.
É justa a homenagem a Sophie Scholl, e é dolorosa a sensação de que a jovem é a única que vê a situação do seu país com os mesmos olhos com que nós vemos agora todo o fenómeno do nazismo. Uma solitária, que em conjunto com os pares do seu movimento, tenta abrir os olhos a um país convencido de que o clima de terror e guerra é uma consequência natural do seu poder nato, e logo, aceitável.
sábado, 1 de dezembro de 2007
Os meus filmes do ano - I
Pela prestação soberba do elenco, pelo despretensiosismo, pelo incómodo, pela banda sonora, pelo título, pelo que cresci ao ver este filme.
"A vida secreta das palavras" (de Isabel Coixet)foi provavelmente o filme que mais me marcou em 2007.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
A felicidade absoluta
Peter Licht é um ovni na música pop alemã. As letras que canta reduzem-se à expressão de mensagens tão inúteis quanto perturbadoramente do tipo "não te largo mais a cabeça a partir do momento em que me ouves, porque no fundo estou a dizer-te alguma coisa". Esta chama-se "Das absolute Glück", e resume-se à descrição da felicidade absoluta do rapaz se fosse o último a habitar a terra. Há algo neste vídeo que me prende, talvez as ruas de Berlim totalmente vazias a fazerem-me lembrar as ruas de Leipzig, ou a melancolia da voz do cantor. De qualquer forma, é uma das canções que me tem acompanhado nestes tempos atarefados, e que me impedem de escrever mais vezes.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Sweeney Todd
A época natalícia está a chegar(e chega cada vez mais cedo, qualquer dia temos anúncios da Leopoldina - ou da Popota - nas barracas da praia). E à parte o tédio habitual que nos impingem com a publicidade de tudo e mais alguma coisa, há sempre prendas que se esperam com mais ansiedade, como o novo filme de Tim Burton!
:)
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Já só nos resta o tédio?

Nightswimming
Aroma a chá na boca, um incontável número de folhas rabiscadas na frente, vazias de ideias cheias de ambição e derrotismo. Televisão palrando vozes em inglês, dores crónicas de costas, luz pouco cooperante na luta pelo resultado que não chega. Desejos de fugir, de recolher a chuva lá fora, de colher em cada gota uma palavra, de entrar em cada uma com uma braçada. Um piano, uma voz, um momento de felicidade na infelicidade insatisfeita desta noite que é o dia-a-dia.
sábado, 17 de novembro de 2007
A globalização dos conflitos ou O flipanço total dos espanhóis
domingo, 11 de novembro de 2007
Porque a censura é coisa feia
E porque um vídeo para uma música é coisa artística e que dá trabalho, partilho aqui a versão não censurada de "Mein Teil", dos Rammstein, tema inspirado no célebre caso de um alemão que pôs um anúncio na net perguntando se alguém gostaria de ser comido. Alguém acedeu. É mais chocante a verdade ou a reprodução trocista dela? Aconselho o visionamento até ao fim.
E viva Rammstein!
O (des)acordo mais importante

O processo, de um momento para o outro, parece ter ganho um novo ímpeto. Segundo o chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, disposição idêntica à de Portugal foi entretanto manifestada por Angola, Moçambique e Guiné-Bissau: os três comprometeram-se a ratificar «rapidamente» o Acordo e o Protocolo Modificativo. Falta agora converter «rapidamente» em medida de tempo...
A pergunta tem sido e continuará a ser feita: quando todo o processo - legal e diplomático - estiver concluído, quantos mais anos serão necessários para que todos os países falantes de Português o escrevam da mesma maneira?
Malaca Casteleiro, um linguista na primeira linha da defesa do Acordo, disse à Lusa que, entrando o documento em vigor, será necessário um período de adaptação «que não deve ser inferior a quatro anos, para permitir as alterações em dicionários, manuais escolares e para a aprendizagem das alterações ortográficas».
Quatro anos em Portugal, o Brasil não deverá levar mais tempo a consegui-lo, mas quantos anos em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau,São Tomé e Príncipe ou em Timor-Leste, que não solicitou ainda a adesão ao Acordo?
O futuro - o que é dizer também a real vontade política dos intervenientes - o dirá.
Pretende-se com o Acordo «a unidade da Língua» - na escrita e só na escrita, naturalmente. Acreditam os especialistas, e não apenas eles, que, unificada, a Língua portuguesa terá outra força, ganhará em «poder de afirmação» nas instâncias internacionais.
Para que a unidade se efective há cedências a fazer de um lado e do outro do Atlântico. Quem cede mais?
Os especialistas deitaram-se ao estudo e fizeram balanços: as modificações propostas no Acordo devem alterar 1,6% do vocabulário de Portugal.
Os portugueses deixarão, por exemplo, de escrever «húmido» para usar a nova ortografia - «úmido».
Desaparecem também da actual grafia em Portugal o «c» e o «p» nas palavras em que estas letras não são pronunciadas, como em «acção», «acto», «baptismo» e «óptimo».
Diz Malaca Casteleiro que as alterações a introduzir, «importantes para unificar e dar força» à língua portuguesa, «não são dramáticas, não vão assustar as pessoas».
No Brasil, a mudança será menor, porquanto apenas 0,45% das palavras terão a escrita alterada.
O trema utilizado pelos brasileiros desaparece completamente e ao hífen acontece o mesmo quando o segundo elemento da palavra comece com «s» ou «r», casos em que estas consoantes devem ser dobradas, como em «antirreligioso» e «contrarregra».
Apenas quando os prefixos terminam em «r» se mantém o hífen. Exemplos: hiper-realista, super-resistente.
O acento circunflexo sai também de cena nas paroxítonas (palavras com acento tónico na penúltima sílaba) terminadas em «o» duplo («vôo» e «enjôo»), usado na ortografia do Brasil, mas não na de Portugal, e da terceira pessoa do presente do indicativo ou do conjuntivo de «crer», «ler», «dar», «ver» e os seus derivados. Passará a escrever-se: creem, leem, deem e veem.
No Brasil, o acento agudo deixará de usar-se nos ditongos abertos «ei» e «oi» de palavras paroxítonas como «assembleia» e «ideia».
Com a incorporação do «k», «w» e «y», o alfabeto deixará de ter 23 letras para ter 26."
Diário Digital / Lusa
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Educações

"O namoro: natureza, riscos e vantagens."
(Sumário de uma aula de Educação Moral Religiosa Católica de uma turma de 9º ano).
Tenho medo de imaginar esta aula.
Foto: Como se reza o terço? Finalmente percebi como é que se faz. Pode haver desenho mais explicativo? Para mais lições sobre o assunto, consultar http://www.legiaodemaria.org.br/comorezaroterco
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Me no like it (ou comentário em hora tardia e por isso pouco sério)
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Perderei mais países?
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Vergonha(s)

terça-feira, 30 de outubro de 2007
Notícias ibéricas

domingo, 28 de outubro de 2007
Unruhe
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Lufadas frescas de ar musical
Um americano de 21 anos, cheio de pujança, originalidade, e dotado de uma curiosa obsessão por pôr a imaginação a funcionar, tomando culturas que nunca conheceu de perto como cenário de inspiração para a sua música. O nome do jovem que dá voz a este projecto é Zach Condon.
Este tema é "Elephant gun", dos Beirut.
(aconselho vivamente a leitura da entrevista a este moço, na Ípsilon da passada 6ªa feira).
Vejo este vídeo e só me apetece saltar lá para dentro!
domingo, 21 de outubro de 2007
O leitor







quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Mimalhices

Leipzig
domingo, 14 de outubro de 2007
Eh lá! Eles afinal pensam por eles!

sábado, 13 de outubro de 2007
Perspectivas
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Nobel da paz

Eu diria que será o estado físico do planeta que irá definir as relações futuras entre as nações. Relações de paz e relações de guerra. E atente-se nos dois países que mais lançam CO2 para a atmosfera: EUA e China. O actual país mais influente do mundo e a (possível) grande potência económica do futuro não respeitam o ambiente?
E o que pensar da Rússia, do Canadá, da Dinamarca, da chanceler Merkel, todos repentinamente interessados em "que parte pertence a quem" no pólo norte?
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Dia fértil

Something is rotten in the reign of Portugal
E descubro isto (preocupante).
E isto.
Já sabem. Invistam na vossa carreira literária light, ponham o país a ler livros sobre pseudo-história secreta do país e do mundo, e depois digam publicamente tudo o que vos apetece sobre a empresa em que trabalham.
Se Rodrigues dos Santos não tivesse o pé de meada dos livros que vende, e que o pode sustentar em caso de despedimento, será que viria para a Pública falar da intromissão do governo na televisão pública? E será que não tínhamos o direito de saber disso à mesma?
domingo, 7 de outubro de 2007
Tempos modernos

quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Words that fit the day
Is it my job to be selfless extraordinaire?
My generosity has me disabled by this,
My sense of duty to offer.
(Offer, Alanis Morissette)
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Dia Mundial da Música
.dir gewidmet. ich höre das und denk an dich. bis in die Ewigkeit.
* * *
Flipándolo
¿Cómo es posible que tú te fijes en lo bonita que es una ventana, mientras otro se divierte apuntando las decenas de tonalidades de suciedad que su cristal presenta?
domingo, 30 de setembro de 2007
Considerações
Acabei um curso de ensino há alguns meses, no qual ouvi em diversas disciplinas relacionadas com a pedagogia, o desenvolvimento curricular, a sociologia da escola, etc, que o nosso papel é mudar. Por nosso entenda-se os dos novos professores. E mudar o quê? Mudar toda uma cultura escolar que é suportada por pessoas que não tiveram a formação pedagógica que agora nos foi dada. Pessoas que entraram no sistema porque não as havia suficientes. Pessoas que entraram na escola sem conhecer estratégias de abordagem de conteúdos, sem conhecer estratégias de abordagem pessoal com os alunos. Pessoas que viam a sua carreira prosseguir sem que grandes esforços tivessem que ser feitos. Pessoas que não se esforçavam por melhorar o sistema de ensino, porque lhes era mais confortável ganhar o seu ao fim do mês, e dispensar responsabilidades na hora de divulgação de resultados dos alunos, respondendo simplesmente: "-São todos uns burrinhos".
Este cenário escabroso, de alguma forma já suspeitado pela sociedade em geral, foi-nos pintado ao longo do curso, e sorrimos, porque de facto achávamos que era em nós que residia a revolução. Achámos que a classe docente era efectivamente a culpada pelos maus resultados dos alunos, pela péssima formação que provam ter. E estávamos à espera de chegar à escola em ano de estágio, e sentir o tão falado choque da realidade, em que as teorias de gabinete que nos são incutidas, podiam deixar de fazer todo o sentido, por haver questões básicas ainda por resolver nas escolas.
Chegado à escola, enfrento de imediato a resistência. Os professores colocados há anos numa escola não são fáceis de convencer. Convencê-los de coisas importantíssimas para nós, e totalmente dispensáveis para eles. Falo por exemplo da discussão sobre maneiras mais eficazes de avaliar os alunos - especialmente nas línguas estrangeiras, em que várias competências deveriam ser tidas em conta, e não o são. É mais fácil deixar estar como está, porque desta forma não é necessário rever toda uma conduta de anos, que parece funcionar, e por isso não tem que ser revista. Falo também da programação de actividades mais dinâmicas para os alunos, como visitas de estudo. Recusam-se. Justificam com o medo de que as faltas que essas visitas implicam sejam prejudiciais para a sua contagem de pontos, para assim chegarem mais rápido à titularidade. No entanto, quase imploram para que as actividades que realizaremos na escola incluam a dispensa de aulas dos alunos, provavelmente para que nos entretenhamos nós com eles, podendo eles fazer livremente o que bem lhes apeteça durante uma tarde ou manhã.
Uma professora já quase em fim de carreira elogiou "a nossa coragem" por escolhermos a profissão docente, quando o cenário é deprimente. A senhora pintou o nosso futuro como um vazio sem esperança. E uma mão cheia de perguntas assola-me: se eu não tivesse escolhido isto, onde estaria? se eu tivesse escolhido "Humanidades" mas outra área que não as línguas que estaria a fazer? Direito? Seria mais um dos milhares de advogados deste país que ocupam pisos e pisos de escritórios por essas cidades fora, a definhar em frente a processos e processos menores e sem a mínima importância ou interesse para eles? Se tivesse ido para as ciências, será que teria escolhido medicina? Será que o teria conseguido? E se o tivesse conseguido, estaria feliz? Fá-lo-ia com gosto?
A profissão docente é ingrata, de facto. Aquilo que me demarca, e estou convencido disso, é o jeito natural para as línguas. Porque haveria eu de renunciar a isso porque a sociedade me incute a ideia de que não serei útil? Quem disse? Quem me diz que não posso explorar aquilo que de facto faço melhor, devendo preferir em primeiro lugar a (suposta) segurança e o status que outra carreira qualquer me daria. E o que é feito do gosto, da vocação? O que é feito da vontade de mudar alguma coisa ao nosso lado, por pequena que seja, em detrimento de uns quantos mais euros ao fim do mês, e a assunção de um estatuto e respeito sociais que só alimentam a divisão social em bons-maus, ricos-pobres, formados-não formados? Ou serei um sonhador com ideias parvas e naives?
Aquilo que me rói é entrar no mundo da empresa "escola", e ver que ela não passa disso mesmo. De uma empresa com muitos interesses, legítimos todos eles, só havendo um que sendo hipocritamente considerado publicamente como o mais importante, é deixado de lado, e que é o dos alunos.
Como vinha a dizer atrás, os professores são primariamente culpados pela situação. Porém, venho a descobrir que o facto de serem assim, advém da situação em que se encontram por pertencerem à máquina do Estado, que lhes ata as mãos e os pés, e depois exige deles que corram até muito mais longe do que têm conseguido correr.
Há todo um conjunto de burocracias e regras ditadas pelo Ministério da Educação que não permitem aos professores (pelo menos àqueles que querem) inovar um pouco, seja na abordagem do “programa”, seja na elaboração dele. Há uma panóplia de afazeres dos professores na escola que não deixa que estes se possam concentrar totalmente no melhoramento das aprendizagens dos alunos. Há, em suma, uma máquina que tem que ser mantida, uma máquina organizativo-burocrática que sem os professores não funciona, e que é para eles mais relevante em termos de progressão na carreira do que a maneira como dão aulas. Os únicos que teriam voto na matéria para julgar a atitude dos professores dentro da sala de aula seriam os alunos, e esses são reduzidos a meros observadores do processo, ou causadores de problemas, sem autoridade para dizerem de sua justiça se a escola como existe lhes faz sentido ou não.
Tudo isto faz da escola uma empresa muito complicada, mas fascinante. Pelo menos eu vejo-a assim. É muito fácil sermos bons professores fora do sistema público de educação. Tudo nos é dado de bandeja, temos liberdade de actuação, e logo fazemo-lo com mais gosto. O que é necessário na escola pública é a verdadeira preocupação com os problemas que ele oferece, e para isso temos que estar genuinamente interessados em ajudá-la. Sem apoios, remunerações e respeito, esta tarefa torna-se difícil. Mas com vontade e com uma adopção genuína do lema de Fernando Pessoa, talvez possamos dia a dia concretizar pequenos passos que levem à tão desejada mudança.
sábado, 29 de setembro de 2007
"O país está doido" (Santana vs. Mourinho)
Nada mais acertado. Finalmente alguém que os teve no sítio na hora certa para mandar aonde sabemos que devem ir uma grande parte dos jornalistas deste país.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Feeling kinda wanting to hear this song
Acabo de descobrir que a extraordinária Fiona Apple gravou um original dos Beatles, Across the universe, para a Banda Sonora do filme Pleasantville (quem o tiver que me diga). Uma música para ir às nuvens e voltar em 4 minutos e 27 segundos. A Fiona linda como sempre, e uma letra que vale a pena conhecer.
Across the universe
Words are flowing out like endless rain into a paper cup,
They slither while they pass, they slip away across the universe
Pools of sorrow, waves of joy are drifting through my open mind,
Possessing and caressing me.
Jai guru de va om
Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.
Images of broken light which dance before me like a million eyes,
That call me on and on across the universe,
Thoughts meander like a restless wind inside a letter box they
Tumble blindly as they make their way
Across the universe
Jai guru de va om
Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.
Sounds of laughter shades of earth are ringing
Through my open views inviting and inciting me
Limitless undying love which shines around me like a
Million suns, it calls me on and on
Across the universe
Jai guru de va om
Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Dia Europeu das Línguas

terça-feira, 25 de setembro de 2007
Psychological mayhem
Num dia aplaudes a ti próprio e dás uma bofetada a seguir.
Num dia recebes sorrisos que te deixam orgulhoso e sorrisos que te deixam de rastos.
Num dia sentes que és rei e que és rasca.
Num dia. Num mesmo dia.
domingo, 23 de setembro de 2007
Poema de Amor para o início de Outono
sábado, 22 de setembro de 2007
O outro lado de Auschwitz

sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Humm
Longe vão os dias em que todos ouvimos pela primeira vez a canção dos Toranja que nos conquistou. Sim, porque a piada do "ah, o toranjo resolveu pegar num monte de palavras e juntá-las numa música" não pega. Todos devemos admitir que andámos com a letra da Carta na cabeça, e que, naquela altura, todos gostámos da inovação que o autor, queiramos ser honestos, trouxe para o panorama musical português (salvaguardando, obviamente, as semelhanças com Jorge Palma, mas essas já têm o estatuto de "facto", não nos cabendo por isso entrar em discussões sobre o assunto).
Sei, igualmente, que todos nós nos arrependemos desses longos dias (quiçá noites) em que ouvíamos a música, e cantávamos em uníssono com o rapaz, sorrindo e pensando em quão agradável resultavam os dois simples acordes da canção a acompanhar uma tão heart-breaking declaração de amor. Todos nós ganhámos juízo, entretanto, e a toranja ficou para a história.
O facto de que esta canção conseguiu arrancar-nos emoções tão extremas como o espectáculozinho ridículo no carro a cantar "numa chama minha e tua" e o agora extremo ódio a um passado tão vergonhoso como é o tempo da nossa vida em que vibrámos com esta canção, este facto, dizia eu, pode causar injustiças na avaliação da nova canção de Tiago Bettencourt. Porém, uma coisa é certa: acho a música estranha, à falta de adjectivo melhor. A suposta originalidade da canção põe a própria originalidade em causa, levando-a a tocar o bacoco. Não sei que pensar. Pelo menos o rapaz teve a coerência de chamar à canção "Canção Simples". Nada mais acertado.
Assumo, no entanto, que esta música se me tornou um tanto ou quanto pouco séria, a partir do momento em que a ouvi, ainda desconhecendo a original, a versão de uma amiga, que temo ter cortado de raiz qualquer gozo que eu poderia vir a ter ao ouvir esta música. Quiçá a culpa seja dela, e não do Tiago?
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Uma coisa vos digo...
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Perspectivas
in Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Boas notícias...

Más notícias...
domingo, 16 de setembro de 2007
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Farto
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Ensino obrigatório até aos 18

terça-feira, 11 de setembro de 2007
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
O poeta inventado

domingo, 9 de setembro de 2007
1ª semana
sábado, 8 de setembro de 2007
"Causas do desemprego dos professores"
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Maddie e a língua de Camões
Quanto ao caso em si, se a mãe já é arguida, parece-me que o pai não demora a sê-lo também, e aí vai ser divertido ver como noticiará a imprensa britânica a partir de agora, quando é a polícia a oficializar o que até agora consideravam ser mera especulação dos meios de comunicação de um país atrasado.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
E por falar em Soares...
Há pessoas que não desistem...
Tristes governantes.